DECADÊNCIA
Ardências entre engodos e terrores
A mesma decadência rege os passos
Cadências mais atrozes, descompassos,
E sigo sem saber o quanto fores,
Opacas ilusões, temíveis dores,
Os sonhos se mostrando mais escassos,
Deixando tão somente estes cansaços
E neles outros tons, torturadores,
Estéreis emoções; caminho em vão,
Estradas sem descanso mostrarão
Os medos que acumulo em desenredos,
Um feixe transformado em faca, em foice,
E o quanto ainda havia agora, foi-se,
E os meus anseios morrem toscos, ledos.
Marcos Loures
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