Tuas Presas
A carne em pleno fogo, o jogo eu sigo,
E bebo dos venenos que me trazes,
Rasgando o quanto houvera em tenras fases.
Apenas se presume algum perigo,
Condenas ao mais torpe desabrigo
E nisto com certeza o que ora fazes
Momentos tão cruéis quão contumazes
E o preço a se pagar levas contigo,
Na sórdida visão em cicatriz
Tatuas tua sorte e assim me fiz
Escracho e sem pudor, pejo ou defesas,
Enquanto tuas garras entranhando
No corpo pouco a pouco, desde quando
Gargalhas demonstrando frias presas.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário