ENXAGUANDO OS OLHOS
Enxaguo os olhos quando te procuro
Em meio aos mais dispersos erros quando
A face do passado me tomando
Tornando o meu caminho mais escuro,
Encontro nebuloso o que afiguro
Ser tanto quanto pude em contrabando,
E as dores entranhando em tosco bando,
O solo não produz e o não perduro,
Armando esta tocaia, o tempo entranha,
A luta que pensara outrora ganha
Agora se demora e me destroça,
Travando cada passo, encontro em pândega,
Minha esperança morta em plena alfândega,
Jogada em podre esgoto, imunda fossa.
Marcos Loures
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