Inútil Ave
Em avidez desdobro o quanto houvera
Dos mais diversos passos entre trevas
E sei da solidão que ora tu cevas
Marcada em sensação atroz e austera.
Das criptas mais medonhas, vejo a fera,
E nela o quanto tento, mas em levas,
As dores que ora agregas tão longevas
Enquanto a própria luz se degenera.
Meu grito se calando na garganta,
A sorte se estancando não garanta
Sequer o que pudesse ser suave,
Carcaça carcomida, uma ilusão,
Enfrenta a mais temida sensação
Buscando a liberdade, inútil ave.
Marcos Loures
Um comentário:
Muito bonito!parabéns...
abraços e muita paz.
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