ESPERANÇA?
Que dizer de esperança quando o medo
Da morte imediata bate à porta?
Nascimento feito em sorte, no degredo
Da sorte desdentada e semi morta.
A farsa desenhada desde cedo
E o canto sem sentido logo aporta.
Na mão tão delicada da criança
A boca da pistola e do fuzil.
A bala achada ecoa na lembrança
Como um confeito amargo e tão “gentil”.
A vida se fazendo em confiança
Da proteção do tráfico, sutil.
Culpar cada criança é muito fácil,
Em toda esta ironia amor é grácil?
MARCOS LOURES
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