quinta-feira, 2 de maio de 2013

A CADA PASSO

A CADA PASSO



Pereço a cada passo quando imerso
No mundo que se mostra sem proveito,
E enquanto no vazio eu me deleito,
Ao nada noutro instante ao fim eu verso,

O prazo muitas vezes mais perverso,
O corte noutro tanto, velho pleito,
O amor que se moldara num despeito,
O risco arisco e espúrio do universo.

Negar algum sorriso e crer no corte,
Presume nesta ausência o próprio Norte,
Assinalando o fim da velha fase,

Meu reciclar eterno e sendo etéreo
Envolto pelas garras do mistério
No nada sem pudor algum defase...


MARCOS LOURES

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