Pereço a cada passo quando imerso
No mundo que se mostra sem proveito,
E enquanto no vazio eu me deleito,
Ao nada noutro instante ao fim eu verso,
O prazo muitas vezes mais perverso,
O corte noutro tanto, velho pleito,
O amor que se moldara num despeito,
O risco arisco e espúrio do universo.
Negar algum sorriso e crer no corte,
Presume nesta ausência o próprio Norte,
Assinalando o fim da velha fase,
Meu reciclar eterno e sendo etéreo
Envolto pelas garras do mistério
No nada sem pudor algum defase...
MARCOS LOURES
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