sexta-feira, 11 de maio de 2018

A SORTE DE TAL FORMA DESENHADA


A sorte de tal forma desenhada
Não deixa qualquer dúvida, naufraga,
E o tempo se perdendo no que um dia
Pudesse ser além de mero porto,
A vida se renova a cada instante
E o tanto que se perde renascesse,

A cada nova morte renascesse
Eternidade sendo desenhada
Nas tramas de uma luta a todo instante
E nisto cada vez que se naufraga
O todo se refaz em novo porto,
E o mundo se transforma a cada dia,

Não vejo a solidão do dia a dia,
Pois dela com certeza eu renascesse
E nisto ao encontrar diverso porto,
Minha alma nesta senda desenhada
Expressa muito além do que naufraga
E gera nova senda a cada instante,

Viver toda a verdade de um instante
E nisto ser feliz, por mais um dia,
Enquanto em sofrimentos se naufraga
Noutro momento em paz já renascesse
A vida após a vida desenhada
Qual fora na verdade um manso porto,

Meu mundo se desenha neste porto,
Que possa se fazer em novo instante
E disto se presume a desenhada
Vontade de vencer um rude dia
E quando na verdade renascesse,
A luta não permite o que naufraga,

E mesmo quando a sorte ora naufraga
Encontro bem mais perto um manso porto,
E quando esta esperança renascesse
No todo transformado a cada instante
O mundo que se fez em claro dia,
Traria outra fortuna desenhada,

A vida desenhada, onde naufraga,
Presume novo dia em manso porto,
É como se no instante renascesse.

MARCOS LOURES

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