FASCÍNIO
Barqueiro que levava para o inferno
As almas dos mortais, eis que Caronte
Filho da Noite traz onde se aponte
Temor em medo imenso e assim eterno,
Do Aqueronte ao Hades na barcaça
Atravessando as almas recém-mortas
Abrindo deste inferno suas portas
Caronte na verdade assim se traça
Verdades mais diversas, plenitude
Do tempo após o tempo que se existe,
Cenário que dantesco, amargo e triste
Ao todo com certeza desilude,
E tendo este barqueiro, em seu fascínio
Trazendo neste rio o seu domínio.
MARCOS LOURES
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