LEDA SORTE
Quando em fatalidade a vida se anuncia
Atea se demonstra e rege este universo
Criando irreflexivo um ar duro e perverso
E nisto a realidade expressa-se sombria,
Ao ver em tal figura a deusa temerária
O todo se transforma e nada se apresenta
E gera tão somente o caos, rude tormenta,
Na face mais atroz, a ausente luminária;
Dominando os mortais e deuses; sempre vem
Trazendo esta desdita e nela se aproxima
Deixando para trás o quanto em bem se estima
Gerando tão somente a fúria de um desdém,
Levando à perdição e mesmo à própria morte,
Traçando em ar atroz a dura e leda sorte.
MARCOS LOURES
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