Não mais me esconderia nestes ermos
E nesta solidão que ora alimento,
O vento ronda o sonho e me transtorna,
Um nome se distando me domina
E a voz de quem partira há tanto tempo
Invade e já domina inteiro o quarto,
Cenários que traduzem o meu quarto
Meu passo se perdendo entre estes ermos,
E possa desenhar além do tempo
Esta esperança rude que alimento
E marque o quando possa e não domina
O tempo que deveras me transtorna,
O todo sem sentido ora transtorna
O velho caminhante em rude quarto
E quando esta loucura me domina
Os sonhos se perdendo seguem ermos
Ermidas do passado um alimento
Que traça uma razão além do tempo,
E vejo o quanto perca a cada tempo
Enquanto o dia a dia me transtorna
E nisto tão somente me alimento
Do quanto poderia neste quarto
Vagar entre ilusões e sei dos ermos
Anseios deste nada que domina,
E tanto quanto possa e me domina
A vida sem saber sequer do tempo
Que possa traduzir em passos ermos
O tanto que vigora e me transtorna
E sei do que pudera neste quarto
Grassando sobre o sonho que alimento,
Amor se resumindo em alimento
Que esta alma sem sentido algum domina,
E gera o que pudesse neste quarto,
Envolto tão somente pelo tempo,
Que tanto quanto toca me transtorna
E gera além dos dias ledos e ermos,
Meu mundo que entre os ermos alimento
Do sonho que transtorna e me domina,
Invade a cada tempo o velho quarto...
MARCOS LOURES
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