Já nada poderia ter no olhar
Senão este horizonte que inda tento
Vencendo o meu anseio costumeiro
E crendo na esperança que viria
Resumo o meu caminho no não ter
E quanto mais procuro, eu mais me perco.
Meu mundo quando o sonho agora perco
Expressa na verdade o triste olhar
De quem pudesse mesmo ter
Ou quanto deveria estar e tento
Ainda que não veja o que viria
O sonho se fizera costumeiro,
O passo neste rumo costumeiro,
O canto sem sentido e se ora perco
O tempo na verdade não viria
E o todo se perdendo em rude olhar
Neste horizonte além do quanto tento
Embora reconheça nada ter,
O tanto quanto possa mesmo ter
Expressa uma emoção que o costumeiro
Anseio se mostrara quando o tento
E nisto com certeza o que ora perco
Expressaria apenas num olhar
O todo que decerto inda viria,
O mundo se anuncia e assim viria
Tramando o quanto possa mesmo ter
E nisto uma expressão clara no olhar
Gerasse o sonho raro e costumeiro
No tempo que deveras tanto perco
Que possa me trazer o que ora tento,
E sei do quanto possa e mesmo tento,
E sinto na verdade não viria
E nisto quanto mais tente me perco,
E bebo desta essência do não ter
Ainda quando o sonho costumeiro
Redunda no vazio deste olhar,
O quanto a cada olhar decerto eu tento
Um passo costumeiro onde viria
O todo que ao não ter, enfim me perco.
MARCOS LOURES
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