Enquanto tanto sonhos tu derramas
Ousando pelas ruas, madrugada
A sorte noutro instante imaginada,
Procura na incerteza velhas chamas
E sei que sendo a vida quase nada
A senda mais dorida tanto tramas,
E quando se imaginam nestas tramas
A vida que deveras já derramas
Marcando com angústia o mesmo nada
A sorte ao adentrar a madrugada
Expressa esta verdade quando chamas
Matando uma expressão imaginada,
A luta que pudera imaginada
O verso feito em rudes, meras tramas,
E nisto com certeza quando chamas
O todo de tua alma ora derramas
E bebes cada luz da madrugada
Deixando para trás o não ser nada,
O vento dita o quanto pude e, nada,
A sorte que pudesse imaginada
Agora se adentrando em madrugada
Expressa o que deveras tanto tramas
E quando em plena fúria tu derramas
O tanto que pudesse em tuas chamas,
A vida que deveras tanto chamas,
Os dias entre enganos, neste nada,
Apenas o que tente e já derramas
Na turva imensidão imaginada
Ousando penetrar em rudes tramas
Açoda-me o saber da madrugada,
E quando se traduz em madrugada
A luta que deveras tanto chamas
E vagas entre rudes, tantas tramas,
Deixando como rastro o mesmo nada
A lenda que pudesse imaginada
Expressa a solidão que ora derramas.
E quando tu derramas madrugada
Na sorte imaginada que tu chamas,
Ousando neste nada, matas tramas...
MARCOS LOURE
Nenhum comentário:
Postar um comentário