Não mais se aproximasse de meus passos
Os dias que busquei e não soubera
Da velha sensação que nos tomando
Bebesse cada gota deste sangue,
Expondo o dia a dia noutra farsa,
O medo na verdade sempre esgarça.
O quanto deste todo a vida esgarça
Marcando com terror os tantos passos,
E nisto o que pudera além da farsa
O mundo com certeza não soubera
E sei do quanto perco em sonho e sangue
Na rude sensação tudo tomando,
O canto se anuncia e já tomando
O todo sem saber o quanto esgarça
Gerando o meu anseio em fel e sangue
E tanto que pudera noutros passos
Vencido caminheiro não soubera
Sequer do que pudera cada farsa,
O sonho não seria mera farsa?
Respostas que esperança vai tomando
E traça aonde o todo não soubera
Vagando quando a sorte enfim esgarça
E marca com rudeza mansos passos
E trama uma existência em fogo e sangue,
A luta se desenha e perco o sangue
Jorrado sobre o solo feito em farsa
E o tempo sonegando velhos passos,
Ainda cada instante me tomando,
A sorte sem sentido o tempo esgarça
Deixando para trás o que soubera.
O todo que deveras não soubera
O mundo se esvaindo em pus e sangue
O corte que decerto agora esgarça
Ainda que se molde a velha farsa
Aos poucos toda a cena vai tomando
E traça no vazio velhos passos,
E quanto nos meus passos eu soubera
Do todo me tomando, sonho e sangue
A luta em rude farsa, tudo esgarça...
MARCOS LOURES
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