domingo, 6 de maio de 2018

NÃO VEJO SOLUÇÃO


Não vejo solução tampouco a quero,
Apenas se desenha o meu caminho
Nas sortes de quem busque adivinhar
A direção dos ventos, das correntes.
E sinto este naufrágio bem mais perto,
E no horizonte o mar vira um deserto,

E quando esta esperança ora deserto,
E tanto quanto tento busco e quero,
Vagando sem sentido o quanto é perto,
Tramando com ternura outro caminho,
Ousando no romper destas correntes
Tentando novo rumo adivinhar,

E sei do quanto pude adivinhar,
E sigo sem sentir o que deserto
Atando nossos sonhos, tais correntes,
Ainda demonstrando o quanto quero
E sei que na verdade o meu caminho
Agora se percebe bem mais perto,

O mundo que tentara e se faz perto,
O verso quando o possa adivinhar
E nada mais se mostre no caminho
Trazendo o quanto busco num deserto
E marque o que eu anseio, teimo e quero,
Rompendo do passado tais correntes,

E sei que na verdade estas correntes
Encontram o que siga e veja perto
Tocando na verdade o que mais quero
E sei do que pudera adivinhar
E tanto se deseja e no deserto
Meu sonho se perdera em vão caminho,

E quando em noite imensa ora caminho
Enfrentando tempestas e correntes
Os olhos procurando no deserto
O mundo que perceba bem mais perto,
E nisto o quanto tente adivinhar
Expressa o que em verdade tanto quero,

O sonho aonde eu quero o meu caminho,
Pudesse adivinhar entre as correntes
O quanto tenho perto, o vão deserto...

MARCOS LOURES

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