sábado, 15 de maio de 2010

32751 até 32800

32751

A noite se eterna
Ou dia refeito
No tanto ou no pleito
Aonde lanterna
No peito se interna
E quando me deito
Por vezes deleito
Enquanto se é terna
Manhã pleno sol
Viver girassol
Ou brumas em mim.
Começo e castigo
Tropeço me abrigo
Início do fim.

32752

Nos braços de quem
Porquanto tentara
Ainda se ampara
E quando não vem,
O medo de outrem
A sorte a seara
O tanto cortara
E nada contém.
Mas vejo assim sendo
O tanto ou o adendo
E arrisco outro salto,
Não posso nas mãos
Momentos se vãos
Um passo de incauto.

32753

O filho que ainda
Talvez não tivesse
Nem mesmo na prece
A vida deslinda
E mostra bem vinda
A sorte outra messe
E assim recomece,
Porém sei que finda.
Navego o passado
O monte, o cerrado
Tropeço e retorno
Ao mesmo passeio
E tanto receio
E nele transtorno.

32754

Quem dera ser rei
Reinado do sonho
Feroz ou medonho
No tanto que errei
Buscando não sei
E se não proponho
Vivendo componho
O mundo outra grei.
Legados diversos
Caminhos em versos
Perplexo final
Arcando com medos
Vislumbro em segredos
Velho ritual.

32755

Voluntariamente
A sorte mudara
E agora se é clara
Declaradamente
Declara ou já mente
E nisto prepara
Da pesca esta vara
Anzol mais premente.
Riscando o passado
Risonho ou profano
E tanto me engano
Caminho forjado
Procurando estrelas
Quem sabe, bebê-las?

32756

Quando abandonei
O todo ou metade
A sorte degrade
E nela entranhei
Sem regra sem lei
O quando me invade
Propõe tempestade
E assim já me dei
Ao porto seguro
Se não me asseguro
Procuro outro vão
E tento ou retenho
Fatal desempenho
Traçando outro não.


32757

O sonho de tronos
Outrora freqüente
Agora se ausente
Negando meus sonos
E tais abandonos
No vago apresente
O quanto de urgente
Moldara meus donos.
Resisto ou pressinto,
Porquanto se extinto
Tentando voltar
À morte condena
Quem ama sem pena
Num vão re-buscar.

32758

Os dias cansaços
Pós vindo de pós
E nada da foz
Ou mesmo dos traços
Os olhos vão lassos
E quando se algoz
Procuro por nós
E beijo os espaços
Deixados por tanto
Ou mesmo no canto
Da sala, do quarto.
Assim do que eu quis
Sem medo e sem bis
Aos poucos me aparto.


32759

Espadas ao léu
Falcões peregrinos
E quantos destinos
Descobrem tal véu,
Vestido do fel
Onde cristalinos
Outrora ladinos
Um tanto cruel,
Vagar sem resposta
A sorte se exposta
Não deixa a promessa
Viver cada lanho
E quando me arranho,
A história começa.

32760

Os dias são vãos
E deles não vejo
Além do lampejo
Aquém destes grãos
E tantos os nãos
Momento sobejo
Velho realejo
Meus dias cristãos
Orquestras de sapos
Casas de sopapos
E papos ao ar,
Pudesse ter lua
Assim bela e nua,
Quem sabe; cantar?

32761

Os olhos viris
Os medos fatais
Os tanto demais
Um risco infeliz
O beijo que quis
E nunca, jamais
Bebera este cais
Enquanto desfiz
O triz do caminho
Num giz desalinho
Do tempo em regresso
Voltar ao que um dia
Em outro seria
Renova o processo.

32762

Olho este rio
E vejo o reflexo
Do quanto sem nexo
Tolo desafio
Vivera este estio
E sem nada anexo,
Seguindo perplexo
Onde eu me recrio.
No rio ou na curva,
Uma água mais turva
Barreiros desta alma,
Negando a resposta
Ainda composta
De dor e de trauma.


32763

Meus olhos ao léu
Aonde a natura
Pudesse ou perdura
Gira o carrossel
E traço o papel
Ainda na escura
E mesmo se cura
O corte cruel,
O mundo resgato
E tento um regato
Regaços diversos,
Não posso ou não pude
Morta a juventude,
Mas vivos, meus versos.

32764

Esqueço do todo
Aonde me embebo
E quando concebo
Também noutro rodo
Girando este modo
Cevando o placebo,
O nada recebo
E o tudo eu açodo.
Resisto ou quem sabe
Bem antes que acabe
Comece outra história
Gestada do quando
Eu vi desabando,
Virando memória.

32765

A mão que me bate
Ou tanto carinha
Vencendo a daninha
Num frágil combate
O quanto se abate
Ou mesmo avizinha
Da sorte que é minha
E nela arremate
O sonho ou senzala
Minha alma não fala
E nem mais escrava
O tanto que vem
Em ti ou alguém
Das dores me leva.

32767

Se num devaneio
Vencesse a tormenta
E quando apascenta
Dizendo ao que veio,
Procurando um meio
Minha alma sedenta
Em outra fomenta
Além do receio,
Recheios de luz
Ao ar reproduz
Caminho tragável
Cenário que vejo
Cevando o desejo
Ora formidável.

32768

Encontro os meus dedos
E tento servir
Quem tanto ao por vir
Concede segredos
Matando os enredos
E neles sentir
O quanto impedir
Diversos os medos
Elevo este olhar
E tento o luar,
Não vejo horizonte,
Ainda sem rumo
Vazio eu consumo
E nada desponte.

32769

Assim sendo sério
A soma do nada
Ditando esta estada
E nela o mistério
Pudesse o critério
Diverso da estrada
No pouco gerada
Tentando um império.
Resquícios do todo
Apenas no lodo
Refletem quem sou.
Mergulho no quanto
E se me levanto
O nada restou.

32770


Se ainda sou pouco
E mesmo não sendo
O tanto morrendo
Enquanto treslouco
Bebendo este rouco
Caminho se erguendo
Podendo outro adendo
Ainda sou mouco.
Desisto e afinal
Restando um degrau
Escadas em vão
Levando ao não ser
Total desprazer
Dita o corrimão.

32771

Aonde nada haveria
Senão fio da espada
Noite enluarada
Promessa de belo dia
E quando o tempo esvaia
Correndo a cada laçada
Vivendo em disparada
A sorte já não veria
A morte conforme a dança
Gerando a temperança
Alcança o sertão
Na ponta da faca
O corte se atraca
Muda a direção...

32772

Pedisse num verso
Caminho de luz
Aonde conduz
O mundo, universo
E sinto disperso
O que reproduz
E tanto me opus
Enquanto me verso
Aos vagos do mundo
E tanto aprofundo
E quando me nego
Deveras sincero
O mundo que espero
Embora vá cego.

32773

Recebo este vento
Na face, disfarço
E tanto me esgarço
Fatal pensamento,
No beijo se atento
O quanto se esparso
Nas chuvas de março
Quem sabe outro alento.
Vencendo o meu medo
Ainda o degredo
Bem perto de mim,
Singrando oceanos
Em tais desenganos
Mostrando ao que vim.

32774

Caçando o começo
Do quanto pudera
E sendo esta fera
Vital recomeço
E sei que mereço
Viver primavera
Embora esta espera
Ditando endereço
Não meço e nem tento
Olhar segue atento
Curvas do caminho.
Vestígios de sorte
Cunhando outra morte
Aonde me aninho.

32775

Vertendo em soneto
O quanto do fel
Embote meu céu
E tento ou prometo
Enquanto cometo
Meu verso cruel
Venal ou ao léu
No quanto arremeto
Vestígios de sorte
Meu mundo comporte
Ou trame outra história
Gerada do nada
Mudando esta estrada
Matando a memória.


32776

Mesquinha caminhada
Restando horizonte
Por onde se aponte
A noite estrelada
Vagar sem estada
Buscando esta ponte
E nela desponte
A vida marcada
Gerada do quanto
Pudesse ser pranto
Ou tanto se dera
Vivendo sem rumo
Caminho que aprumo
Marcado em quimera.

32777

Ladeiras da sorte
Mexendo comigo
E sendo o perigo
Quem tanto conforte
Assim sendo forte
Vislumbro e consigo
O quanto persigo
Da fome e do corte.
Restingas do mundo
Maior e profundo
No pouso de uma alma
Vestida do luto
E quando reluto
A morte me acalma...


32778

Nevando me inverno
E tento meu rumo
E quando me esfumo
Amor mais eterno
Bebendo este terno
Caminho que assumo,
E tanto me aprumo
No verso em que inferno.
Percebo cada luz
E nela reluz
O resto de mim,
Buscando algum cais
Revejo o jamais
E bebo este fim.

32779

Sábado à noite
Um Dia de sol
Eu sou girassol
E neste pernoite
Ausência de açoite
Chicote arrebol,
Olhar é farol
Aonde eu me acoite
E busco outra sorte
Diversa da morte
Do sonho que eu quero
Restando sem tramas
Enquanto me chamas,
Mentindo sincero.


32780


Restara do todo
Metade do quanto
Ainda se eu canto
Adentrando o lodo
Rondando as estrelas
Estradas e caminhos
Dispersos os ninhos
Enquanto revê-las
Mergulho no sim
E morro sem não
Amor sem senão
Começo do fim
E tanto jamais
Pudera outro cais.

32781

Negar esta espera
Beber cada gota
A fonte se esgota
Noutra primavera
Gerada tempera
A fera se embota
E tanto remota
A sorte em quimera
Viver este encanto
E quando sem pranto
Melhor, garantia
Do tempo da paz
Aonde se traz
Beleza do dia.


32782

Na linha de passe
No passo ao futuro
Um traço procuro
Vencendo este impasse
E quanto mais trace
Maior eu te juro
E tanto perduro
No quanto me enlace.
Restara um momento
E nele se aumento
O caminho em que veio
Somando com tudo
O tanto me iludo,
Mas nada receio.

32783


Gerando o começo
Depois do final
Retorno de nau
No mesmo endereço
E quando me esqueço
Deixando o degrau
Procuro um sinal
Renego o tropeço.
Vestindo este mundo
Em tom mais profundo
Gestando esperança
Aonde se vê
O quanto em por que
A vida se lança.

32784

Perfumes do que tanto
Pensara noutra fase
A vida se defase
E gera o desencanto
E tanto em dor ou pranto
No tempo que se atrase
No acento ponto ou crase
No verso me agiganto
Ou mesmo me amiúdo
E se venho enfim me iludo
E busco outro cenário
Vencido ou quando em pouco
Ainda me treslouco
Bem mais que o necessário...

32785

Pergunto e se nada
Existe em resposta
A velha proposta
Há tanto mofada
Mortalha moldada
Na boca composta
Enquanto se imposta
A sorte traçada
Vencido num canto
Ainda me encanto
Bebendo este vinho
E nele te vejo
Sobejo desejo,
Mas sigo sozinho...

32786

Legados do quando
Pensara ser mais
Que vagos banais
Caminhos, mostrando
E tento outro bando
Deixando sinais
E tanto ou demais
Pudesse negando
Rendido indefeso
Dos sonhos já preso
Sem querer voar
Beijando esta cena
A vida serena
E trama o luar...

32787

Buscando este amor
Além do infinito
E tanto bonito
Cenário diz flor
E quanto ao me opor
Por vezes aflito
Gerando no grito
O mundo sem dor.
Viver esta sorte
Que tanto comporte
Além do vazio
Gestando esperança
Aonde se lança
O tempo que eu crio.


32788

Canto de ternura
Em paz e liberdade
No amor quando invade
A sorte perdura
E nada amargura
Tal felicidade
Diz tranqüilidade
Que sana e me cura.
Venço o passado
Gesto moldado
Nas ânsias da vida
Por mais que se queira
Por outra bandeira
A velha perdida.


32789

Atravesso os sinais
E bebo do passado
Legando este telhado
Vencido ou demais,
E querendo mais
Do quanto alegado
O mundo alagado
Em tantos vendavais
Riscando deste mapa
O que tanto se encapa
Nas falas de quem
Jogando co’a vida
Tragando a ferida
Já nada contém.

32790

Beber a promessa
Rever esta festa
Aonde se empresta
E tudo começa
No quanto tropeça
Abrindo esta fresta
E nela se gesta
O quanto se meça
Do passo que dou
Vagando onde estou
Rondando o final
Começo do quando
Eu me transformando
Velho ritual.

32791

Procuro moinhos
Em ventos diversos
E tendo meus versos
Jamais são sozinhos
Risonhos os ninhos
Embora perversos
E tanto em dispersos
Momentos e vinhos.
Restando o passado
E dele o traçado
Vagando sem rumo,
E quando pensara
Na noite mais clara
Também já me esfumo...

32792

Palavra que larga
A sorte ao dará
Não tendo, pois já
Deveras me embarga
E quando se alarga
Caminho virá
O que tocará
E tanto me amarga.
Retinta esperança
Vazia se lança
E bebe outro cais.
Mascando o futuro
No tempo procuro,
Mas sei que jamais.


32793


Tocando a viola
A lua chegando
Num mundo mais brando
Restando me assola
E bebe ou esfola
O peso tomando
E enfim derrubando
Entrando de sola.
Estava ou não fora
Em tez sonhadora
A morte ou a sorte
E nelas perfumo
Negando o meu prumo
Que ainda conforte.

32794

Brilhando esta estrela
Caminhos de Luz
E neles produz
A sorte ao vivê-la
Desnuda e contê-la
No quanto reluz
Ao medo me opus
Na paz de sabê-la
Quero ser feliz
E tanto assim quis
Que nada impedia
Nem a solidão
Toma a direção
Diversa do dia

32795


Pudera te amar
Em luz sintonia
E tanto vadia
A noite ao luar
Restando ao sonhar
Pensar noutro dia
Aonde viria
Em fonte solar;
Resumo meu verso
No sumo em que imerso
Transcendo à promessa
O vento à janela
O quanto revela
E assim se começa.

32796

Resisto ou bem tento
E nada consigo
Assim eu prossigo
Liberto no vento
E tanto me agüento
Enquanto persigo
Ainda me ligo
No mundo se atento
Revivo a vingança
Aonde se lança
A voz mais terrível
Bebendo este gole
A vida me engole
Fatal combustível.

32797

Revelo em canção
O quanto se fez
Em tal altivez
Ou mesmo em senão.
Os dias virão
E assim tudo vês
Embora não crês
Nos sonhos de então.
Restando o meu verso
E nele disperso
Caminhos do quando
Invento eldorados
Destinos traçados
Chego em contrabando.

32798

Perdão necessário
Caminho se faz
E tanto outra paz
Pudesse corsário
Vencido o cenário
Moldando-se audaz
E tento tenaz
Sem crer adversário.
Resido no todo
E bebo do lodo
E tanto pudesse
Viver novamente
Renova-se a mente
E tento outra prece.


32799

Naufrago no abraço
De quem desejara
E a noite se aclara
Enquanto assim traço
Um rumo em cansaço
Em sacra seara
Mergulho me ampara
Aonde era escasso
Fartura se vendo
O tempo desvendo
E morro em instantes
Sangrando em momentos
E neles alentos
Diversos, gigantes.

32800

Amantes dos sonhos
Vergões e vergastas
Enquanto me afastas
Momentos medonhos
E tanto enfadonhos
Se ainda desgastas
Em folhas já gastas
Delírios risonhos.
Campônios cenários
Cantos libertários
Vivendo este tanto
Aonde não possa
Vencer qualquer troça
Matar tal quebranto.

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