MITOLOGIA CHINESA
1
Shangdi , o deus supremo, deus celeste
Da dinastia Han, no Paraíso
Vivendo e comandando em tom preciso
O quanto noutro ponto nos reveste,
O Imperador do Céu, o soberano
Altíssimo Senhor, eternamente
Reinando sobre tudo, se apresente
A todo instante sem ter mais engano,
Shangdi domina todo este universo
E vendo em tal poder, a magistral
Certeza de um anseio sem igual,
Reverencio a cada novo verso,
E pronuncio o nome em mandarim
Daquele que domina início e fim.
2
Tian, ao traduzir o Cosmos traz
Imagem criadora Céu sublime
E quando num instante nos domine
Com toda a sensação suprema e audaz,
E na filosofia, esta união
Compara-se em mistura com Shangdi
E neste desenhar o deus que vi,
Mostra sem senão, religião,
Dos três reinos, Shangdi, Tian e enfim
A própria humanidade; que é o central,
O mundo configura-se em total
Cenário onde o passo leva assim,
Ao auge da perfeita sincronia
O tempo noutro espaço se veria.
3
Nu Kua esta divina criadora
De toda humanidade, deusa traz
No passo mais sublime e mais audaz,
Imagem que pudesse redentora,
Associada às águas que paradas
Permitem o viver de anfíbios, peixes
E quando em tal cenário tu te deixes
Levar; imagens belas desenhadas,
Metade humana, outra metade cobra
A deusa a cada tempo se anuncia,
E tanto quanto possa em harmonia
Gerando o que deveras se desdobra,
Criando o ser humano, a deusa traça
Criatura que audaz, voraz, devassa...
4
No início só havia este vazio
O Céu e a Terra estando aprisionados
Pan Ku rompendo a cela traz sonhados
Anseios de quem sabe o desafio,
Criando este universo e com machado
Separa o Yin pesado, feito terra
Do Yang que assim se eleva e já descerra
O Céu em raros tons iluminado,
Depois ao descansar, os elementos
Nascendo de seu corpo, os mais diversos
Aspectos que regendo os universos
Trazendo de animais aos próprios ventos,
E assim do deus em vário formatar
Origem una e plena a harmonizar.
5
O primeiro desta Tríade de Augustos
A quem se deve a escrita, a pescaria
E a caça foi Fu Xi, dali viria
O mundo em seus anseios, mesmo injustos
A vida traz deveras tantos custos
E o quanto a cada passo se veria
Transcende ao quanto possa em harmonia,
Cerzindo caminhares bem mais jutos.
Ao ver em Fu Xi a imagem tão sublime
De um deus com tanta força e luz,
Aonde se garante e reproduz
Além do próprio ser, o que se estime
Cultura e tradição, sonho e pensar,
Que a escrita nos permite eternizar.
6
Shennong, um patriarca, Augusto ser,
Quando há cinco mil anos seu império
Trazendo sobre a vida além mistério
O quanto poderia mesmo crer,
E o tanto que se tente descrever
Marcando o quanto trama em seu critério,
A vida se anuncia e deste etéreo
Caminho outro cenário posso ver.
Precede a dinastia Xia e traz
Na face esta ventura que pudesse
Vencer com mais denodo e rara messe
O passo que se fora mais audaz,
Destarte deste mito, deus, senhor,
Imagem de um potente imperador.
7
Huang Di, o Imperador sábio e perfeito
Reina após os Augustos e traz nas mãos
A força da saúde e destes grãos
Traduz o que pudera ser um pleito,
Enquanto da justiça sem igual,
No Império dominado pela paz,
O reino se desenha enquanto faz
Desta soberania um ritual,
Marcado em tais caminhos com firmeza,
Da medicina sendo protetor,
O deus, mito, no fundo imperador,
Traçando a vida em nobre fortaleza,
O quanto do poder penso e revelo
Nas mãos do Imperador, dito Amarelo.
8
Shaohao, Imperador das brônzeas eras,
O filho de uma deusa tecelã
Huange a bela fada que em manhã
Sublime em clarões e primaveras
Apaixonada fica pela estrela
Que surge matutina em pleno céu.
E quando encontra-a após levanta o véu
E o sonho permitindo percebê-la
Já grávida e Shaohao surgira assim,
E enquanto Imperador criara além
O reino aonde os pássaros se viam
Que a ele neste instante já serviam,
E mesmo como abutre segue e vem,
Com seu filho Ru Shou, no arrebol
Regendo dia a dia o pôr-do-sol.
9
Zhuanxu, monarca que deveras
Criando o calendário; a astrologia,
E da religião sempre teria
Papel transcendental em priscas eras.
Conduz o clã Shi para o leste e leva
Em sua migração e quando vendo
Os Dongyi, ao fazer em novo adendo
Misturas entre clãs, a sorte ceva
Aumenta o seu poder e um patriarca
Mudando o velho tom matriarcal
E nisto se apresenta sem igual,
Enquanto para a história enfim se embarca,
O neto de Huang Di se faz eterno,
E desta forma traça um mundo terno.
10
Yao este imperador benevolente
Unindo-se a Shun e Yu em harmonia
Traçando o quanto existe e assim viria
Trazer a sincronia que se sente,
Gerando o patriarcado num feudal
Modelo que domina grande parte
Da história deste povo e sem aparte
Expressa o mais diverso ritual,
Filho de Ku, o herdeiro deste império,
Gestando em paz suprema o seu reinado,
Deixando para Shun o seu reinado,
Mantendo neste ponto o seu critério,
Usando da moral em raros trilhos,
E Shun, o genro segue então seus trilhos.
11
Dilúvio que tomara o mundo inteiro
Traçando uma desgraça à própria China
E quando o passo além já determina,
O quanto poderia e num ligeiro
Caminho se traduz desfiladeiro
E a sorte nada além teima e domina
A vida que pudera cristalina
Transforma num instante derradeiro,
Da Yu o soberano com a ajuda
Da deusa Nu Kua cria canais
E escoa as águas tantas e isto muda
Cenário de total desolação
E assim entre diversos temporais,
Encontra a mais perfeita solução.
12
O Imperador de Jade que é o Senhor
Dos Céus e dos domínios sobre a Terra
E neste Seu poder ora se encerra
O quanto do universo em riso e dor,
Durante a juventude, em harmonia
Levava a vida em paz, respeito e luz,
E neste caminhar o que produz
Deveras noutro ponto se veria,
Cultivando o Tao alcança então
Esta imortalidade desejada,
E o quanto se mostrando mais dourada
Em nova e bela e rara dimensão,
E quando dominara enfim o mal,
O deus se mostraria sem igual.
13
No Taoísmo tendo a majestade
Dos Três Puros Senhores, os supremos
Quem tramam com certeza em tais extremos
O quanto poderia em divindade
E deste caminhar em força e glória
Se faz esta expressão em luz sobeja
E assim a cada passo o que deseja
Moldando com firmeza a nossa história,
Diversa em magnitude vejo então
A tríade superna que nos guia
E o tempo neste encanto, em harmonia
Traduz o que se quer em direção
Na rota do universo, o ser humano,
Expressa da ventura ao triste dano.
14
Beiji Dadi, o Imperador que das estrelas
Domina este infinito céu imenso
E quando muitas vezes me compenso
Somente por poder deveras vê-las
Presumo a constelar supremacia
De quem se fez além o deus e o Rei
E quantas vezes mesmo ali vaguei
Enquanto uma alma segue e fantasia,
Ouvindo das estrelas o chamado,
No pulsar sem descanso, um raro brilho
E quando neste espaço em paz eu trilho,
Destino em Beiji Dadi; assim invado
E sinto a maravilha de sentir
A eternidade ali se resumir.
15
Tianhuang Dadi, o deus que governando
Os deuses se mostrando poderoso
E traz em cada passo este antegozo
De um mundo às vezes rude, outras mais brando.
E quando se anuncia outro momento
Imerso neste sonho sigo em frente
E quanto deste encanta se apresente
Marcando o que pudera num alento,
Vestindo a glória imensa de poder
Vivendo a cada instante o quanto trace
Mostrando sem temor a velha face,
E nisto o meu caminho perceber
E tendo como guia a divindade
Que dentre tantas trama a liberdade.
16
A deusa Xi Wangmu domina a sorte
E traz na vida eterna o prêmio raro
E neste caminhar busco e declaro
O quanto mais pudera e me conforte,
A vida se desenha neste norte
E bebo o que teimasse e me preparo
Ousando num instante bem mais claro
Tentando sonegar a própria morte.
No panteão Taoísta; vejo-a agora
Em tal benignidade e em Seu poder,
O quanto poderia a acontecer
No todo que deveras nos ancora
E quando se renega o amanhecer
O fim se anunciado, me apavora.
17
Pak Tai, um deus taoísta associado
Aos pontos cardeais, regendo o norte
E quantas vezes traz em raro aporte
O todo que deveras tento e brado,
O deus das águas e também dos ventos
Imperador da dinastia Han
A vida se desenha neste afã
Trazendo no final os elementos,
O quanto se aproxima deste fato,
Apenas o que possa com certeza
Gerar dentro de nós rara firmeza
Aonde o dia a dia enfim constato
Usando este quelônio como totem
Seus passos com firmeza já se notem.
18
Xuan Nu que nestas guerras ajudara
Huangdi a subjugar Chi You, depois
De nove desencontros entre os dois
Até que Huangdi noutra seara;
No Monte Tai deveras protegido
E quando enfim vislumbra do seu lado
Mulher em divindade, um ser alado
E nisto o caminhar toma sentido,
Destarte este guerreiro imperador
Vencendo esta batalha, que afinal
Trouxera a paz querida e magistral
Tornando este caminho em tal pendor,
Assim no Imperador a deusa trama
A vida mais suave em branda chama.
19
Vendo os Oito Imortais que no taoísmo
Representam cada qual a ferramenta
Que possa destruir o que fomenta
A dor e gera após imenso abismo,
Surgindo em dinastias mais diversas
Vivendo na montanha os elementos
Que trazem no poder de tantos ventos
Cultura enquanto em brilhos sempre versas
Destarte venerados desde então
Por terem nos seus olhos divindade,
E nisto se trazendo a claridade
Da culta e mais serena dimensão,
Da montanha Penglai ao universo,
O encanto se desenha ora disperso.
20
Kuan Yin, esta budista divindade
Associada à plena compaixão,
Na forma feminina se verão
A paz e a mais superna claridade,
E traz no seu olhar misericórdia
Também os taoístas a imortal
Trazendo a paz em raro ritual
Tramando desde sempre esta concórdia
E quando se permite em tanta luz
A deusa se anuncia em paz e glória
Regendo com firmeza a nossa história
O tempo noutro tanto se produz,
Expressa a suavidade feita em vida,
E molda a luta em paz que assim lapida.
21
Shichi Fukujin são divindades
Que ditam boa sorte e tal fortuna
No Xintoísmo vejo e configura
Assim as mais sutis felicidades,
São sete deuses; trago dentro em mim
Vontade que se mostra pertinente
E quando este caminho se pressente
Trazendo o que se visse em belo fim,
Destarte prosseguindo pela vida
A sorte desejada se desenha
E nisto quando muito sei da ordenha
Marcando o que decerto em paz lapida
Dos entes desenhados a esperança
Aos poucos com firmeza assim se alcança.
22
Benzaiten, a deusa benfazeja
Amável protetora das artistas
E traz tanta beleza quando avistas
O quanto mais além sempre deseja,
Associada às águas do lago, rio e mar
Cavalgando um dragão, um ser marinho
Traçando a cada instante onde me alinho
Sem medo do possa dominar,
Ajuda nos momentos mais atrozes
A deusa se mostrando em plenitude
Beleza sem igual, aonde eu pude
Seguir em bons caminhos, claras vozes,
Reinando sobre as artes divindade
Que a todo desejar em paz invade.
23
Bishamon; guardião do budismo
Em trajes de guerreiro porta a lança
E quando em tempestades segue e avança
Supera com firmeza algum abismo,
Ao espalhar conhecimento muda
A sorte desenhada em medo e pranto,
E o verso que deveras adianto
Tramando o quanto ensina o próprio Buda
Protege contra o mal e seus demônios
E contra estas doenças mais ferozes
Deixando para além os vis algozes
Que gerem tão somente pandemônios.
Regendo sobre os bens materiais
Expulsa os salteadores, marginais.
24
Daikoku ao trazer prosperidade
Um deus em alegria desenhado,
Obeso e na verdade tendo ao lado
O quanto se traduz felicidade,
Riquezas entre tantas que me invade
No culto e num amor, regendo em campos
Trazendo sobre os sonhos pirilampos
Domina em tom gentil cada cidade,
Garantindo o sucesso desde quando
Ao ser tão adorado e respeitado
Expressa o que desenha abençoado
Caminho noutro canto se regando
Gestando a maravilha da fartura
E neste desenhar, sorte assegura.
25
Ebisu divindade onde se vê
Sinceridade plena e honestidade,
Regendo sobre a imensa claridade
E nela esta verdade tem por que,
E quando em tal deidade já se crê
O mundo se presume em liberdade,
E quanto mais firmeza quando brade
A vida se anuncia e tem seu quê
Ensinando a pescar, não dando o peixe
Expressa o que se mostra e não se deixe
O tempo sem sentido e sem proveito,
E assim estimulando o libertário
Caminho se mostrando num cenário
Aonde mais tranquilo enfim me deito...
26
Fukurokuju deus sábio, um eremita
Que da longevidade dita o rumo,
Ainda quando eu possa e assim resumo
A vida se transforma enquanto dita
A luta sem proveito, e mais bendita
Traçando a cada instante o supra-sumo
E vendo o quanto possa e mesmo assumo
No passo aonde a vida delimita.
Transmite inteligência e longa vida
E sendo de tal forma cultuado
O tempo no seu templo desenhado
Permite o que esperança hoje lapida,
E o deus que é feito em tal felicidade
Expressa a mais sobeja divindade.
27
Hotei nesta magnânima atitude
Da generosidade o seu caminho
Expressa o quanto quis e assim me alinho
Deixando para trás o quanto ilude,
Ainda que o cenário se transmude
Ou mesmo se tornando mais daninho
Dos sonhos mais felizes me avizinho
Legando ao nada ser o quanto é rude.
E sempre rindo vejo quem se dera
Além da mais sublime temperança
E nisto cada passo a vida alcança
Marcando com beleza a primavera
Desta alma eternamente juvenil,
O quanto se desenha e em paz se viu.
28
Jurojin que traduz sabedoria
O deus com longa barba e o pergaminho
Mostrando o quanto possa e me avizinho
Do passo mais suave que veria,
O deus que dominara ecologia
Tramando algum destino aonde alinho
Meu rumo no que possa em raro vinho
Longeva sorte dita o que queria,
A morte que trazendo evolução
Expressa noutro rumo em dimensão
Superna a que se vira aqui na vida,
E assim já se prepara em nova senda
O quanto deste sonho se desvenda
E o luz se evoluindo dita a lida.
29
Dizang, o deus que tanto nos protege
Da morte que decerto inda virá,
Mas tendo quem ajude desde já
O tempo noutro tempo a sorte rege,
E mesmo quando o fim se faz herege
A sorte neste passo nos trará
O quanto poderia e poderá
Trazer em raro alento o quando elege.
Sabendo deste fato em dor e medo,
Aos sonhos de Dizang eu me concedo
Vivendo cada instante com firmeza,
Embora no final sem ter saída,
Valeu o que levei da minha vida,
E desta elevação a fortaleza.
30
Yanluo domina o ledo inferno
E traz em cada olhar a dor atroz,
E neste caminhar o quanto após
Do tempo de viver enfim me interno,
E bebo deste insano Yama quando
O mundo se anuncia em triste passo,
O todo que tentara e já não traço
Demonstra este cenário desabando,
O rústico caminho pedregoso
Deixando para trás uma esperança
E quanto mais além a sorte avança
Cenário em tal destino caprichoso,
Raiando em desatino cada instante
Apenas o vazio se garante...
31
Erlang Shen com terceiro olho na testa
Desvenda a cada instante uma verdade
E quando se anuncia a tempestade
A fúria sem igual ali se atesta,
Subjugando os demônios, já se empresta
Beligerante força em divindade
E traz nesta sutil benignidade
O tanto quanto possa e a sorte gesta.
Empunhando uma espada de três pontas
E nela tantas vezes vejo prontas
As armas mais audazes e ferinas,
Marcando em luta traz a calmaria
E nisto todo o encanto permitia
Vencendo as dores quando te alucinas.
32
Lei Gong ao dominar raios, trovões
Mostrando a força intensa em tempestades
Rompendo este mortal, diversas grades
Marcando as mais diversas dimensões.
Um dia ao encontrar um pessegueiro
Celeste, se viria ao degustar
Um fruto percebeu-se num alar
Qual fosse dos caminhos, mensageiro
Trazendo em suas mãos este martelo
E dele quantas vezes, pois quisesse
Traria com certeza a rara messe
Enquanto neste verso já revelo
O poder de gerar trovões e traz
Nesta expressão do quanto se é capaz.
33
Nezha, filho de Li Jing; general
Da dinastia Tang, chefiando
O exército celeste em raro bando
Lutando eternamente contra o mal,
Tendo uma aparência de um infante
E sendo caprichoso como tal,
Flutua muito além em pleno astral,
Em rodas flamejantes se garante
Trazendo neste cósmico cenário
O anel que o permitira em novos trilhos
Matar do Rei Dragão temíveis filhos,
Gerando outro caminho, itinerário.
Podendo ter cabeças, membros vários
Seus passos são deveras temerários...
34
Guan Yu, das irmandades deus que pleno
Em artes marciais domina o todo,
E nisto sem saber de algum engodo
Tramando cada instante onde me aceno
E bebo cada gole em tal ventura
Guerreiro em divindade sem igual,
O tempo noutro passo em ritual
Expressa o que deveras assegura
A paz e mesmo assim em luta expressa
O quanto poderia além e dita
A sorte tantas vezes mais bendita
E neste caminhar já recomeça
O mundo se acenando mais tranquilo
No sonho aonde guerra e paz perfilo.
35
Zhao Gongming dominando esta fortuna
Montado sobre um tigre determina
O quanto poderia em rara sina
O mundo quando o todo em paz já se una,
E expressa o quanto possa e mesmo puna
A quem noutro momento se destina
Ao luto mais atroz e predomina
Criando este vazio em leda escuna.
A vida se perdendo em sorte inversa
E quando para o todo o passo versa
Gerando noutro fato a luz sublime
Ao ver a divindade que traduz
O quanto poderia enquanto eu pus
O todo que deveras nos redime.
36
Kui Xing que determina assim exames
Colaborando com Wen Chang, transcende
À feia criatura e assim desprende
A vida com sublimes bons ditames,
O sábio deus se mostra enquanto clames
E na literatura que compreende
Expressa o quanto a vida se depende
Do rumo em consonância que reclames,
Deus acondroplásico o patrono
Dos que prestam exames neste Império
E tendo o seu saber como critério
Do quanto poderia se me adono
Encontro o que procuro em liberdade
E além bem mais distante o encanto brade.
37
Sun Wukong, Rei Macaco nesta luta
Buscando os sutras quando se reveste
Da força inusitada em tom celeste
E mostra esta faceta mais astuta.
Nos saltos em distâncias não reluta
E gera o que pudesse e sempre ateste
Vencendo qualquer solo mesmo agreste
Se necessário até com força bruta.
Em multiforme face se desenha
E tendo este poder quando convenha
Somente expondo ainda a cauda, quando
Lutando e comandando ventos, águas
E sei que neste encanto se deságuas
A face mais audaz se desenhando.
38
Daoji na dinastia sung, um monge
Que tendo a vida reta e plena em paz
Atinge o que deveras tanto traz
Quem vendo bem além, decerto longe
Gerando a sorte imensa do saber,
Destarte num momento sem igual,
Ganhando o dom de ser ora imortal
A nova divindade se faz ver
Trazendo em suas mãos toda a ternura
Sabedoria imensa e paz sublime,
Assim quando o caminho além se estime
A sorte mais feliz já se assegura
Do quanto poderia e muito mais,
Agora flutuando em siderais...
39
Mazu deusa do mar, dos oceanos
A deusa que ancestral regera a Terra
Reinando em Paraíso assim se encerra
A vida em seus momentos, mesmo enganos
E quando se anunciam novos planos
O tanto do passado não se enterra
E gera o que virá em paz e guerra
Momentos com certeza soberanos.
Guiando os pescadores neste mar,
Tramando o quanto possa navegar
Resume em esperança a rede quando
Jogando sobre as águas o que venha
Decerto obedecendo ao que provenha
E neste desenhar outro traçando...
40
Zao Jun participando das deidades
Que regem toda casa em cada ofício
Reinando na cozinha, desde o início
Tramando as mais diversas qualidades
E quando se anuncia o principal
Levando anualmente ao deus de Jade
O quanto mesmo agrade ou desagrade
Gerindo a cada passo o ritual,
E nisto configura o seu poder
Qual fosse um governante dos irmãos
E neste delirar os ermos vãos
No fundo se deixando conhecer,
Acena com vigor e com mão forte
Trazendo em cada lar, o firme norte.
41
Tu Di Gong deus da terra em Taoísmo
Garantindo a colheita em tal sucesso
E quando noutro passo recomeço
Supero em tal ajuda algum abismo,
Trazendo em Suas mãos, o quanto cismo
E nisto o que pudesse com progresso
Vivendo o quanto quero e assim confesso
Ultrapassando a dor e o cataclismo,
Embora poderoso, na verdade
O deus Tu Di Gong nunca se fez
Em popular faceta, e quando vês
Reinando com total tranqüilidade
A cada novo passo se constata
Ser quase com certeza um burocrata.
42
Shing Wong ao proteger quem comercia
Permite o suprimento e traz a sorte
Ditando em força plena o que suporte
Marcando o dia em paz ou harmonia,
A luta que deveras se veria
E nisto cada passo busca o norte,
Até que no final, a leda morte
Decerto eu sei jamais se negocia.
E tendo com certeza o passo além
Enquanto esta verdade inda não vem,
A fonte que provém em alimento
E no fomento que presume
A vida em sensação de raro ardume
Traduz o quanto quero ou incremento.
43
Zhong Kui tão poderoso, mas tão feio
Quando foi aprovado nos exames
E teve seu destino em vãos ditames
Do imperador em tal receio,
Assim decepcionado se matou
E quando renasceu se fez atroz,
Reinando sobre o inferno, e desta voz
Apenas o terror já desenhou,
Vestindo eternamente o mal e traça
O quanto em tal temor disseminara
E dominando assim torpe seara
Agora predador, outrora caça,
Expressa na vingança o tom venal
E nisto se anuncia sem igual.
44
Long Mu, Mãe dos dragões, que em certo dia
Ao encontrar um ovo permitira
Que cinco serpes que ali vira
Crescessem com sobeja maestria,
Em troca ao ajudar na pescaria
Mantendo da esperança a rara pira
O quanto deste encanto se retira
Nas águas em sobeja serventia,
Porém logo se visse invés de cobras
Que eram dragões e tanto poderosos
Regendo sobre o clima em caprichosos
Momentos onde tudo que recobras
Trazendo a chuva; em pleno e duro estio,
E nisto ascende além do desafio.
45
Hung Shin um governante sábio traça
Desde a geografia à astronomia
Moldando da maneira que queria
A vida que se fez atroz e escassa,
Enquanto a realidade que ultrapassa
O tempo mais atroz em ousadia,
O quanto deste reino poderia
Vencer o que deveras se esfumaça
Melhorando com tais sábias conclusões
Os dias entre várias direções
E; sobretudo, a pesca de tal forma
Que a vida noutro ponto já se informa
E gera a divindade mesmo morta,
Aonde uma esperança além aporta.
46
Tam Kung um deus do mar traz o poder
Da cura de crianças, rege o tempo
Vencendo o que viera em contratempo
Marcando o dia a dia com prazer,
Assim se desenhando o que se quer
Nos ermos do passado em galhardia
O deus que na verdade nos traria
O bem que tanto dita o que vier,
Verbalizando a sorte de sentir
O quanto poderia e mesmo posso,
O mundo de tal forma sem destroço
Garante a plenitude do porvir,
Assim em tal sublime divindade
Percebo esta vital benignidade.
47
Wong Tai Sin, no poder de ser Taoísta
Expressa o seu caminho desde quando
O mundo em suas mãos se transformando
Qual fora na verdade algum artista
E o tempo de tal forma não resista
E nisto se anuncia um canto brando
Marcante caminhar anunciando
O quanto se queria e já se assista,
Dos sonhos que pudesse quais centelhas
Transforma ledas pedras em ovelhas
E assim se garantindo o suprimento,
Aplaca deste jeito a fome tanta,
E nisto o que se deseja e se garanta
O sonho enquanto enfim eu me alimento.
48
A deusa que regendo o esquecimento
Daqueles que virão já reencarnados
E nisto se esquecendo dos passados
E assim novo caminho novo fomento,
Men Po servindo em chá tal alimento
Em ritos que se viram demarcados
Momentos tantas vezes desenhados
Jogado para além em pleno vento,
E quando se renova a vida assim,
O tanto que existira dentro em mim
Agora não se traz sequer sentido,
E o tempo que virá não resgatando
O quanto se mostrara desde quando
O passo noutro rumo, pressentido.
49
Zhu Rong, um deus do fogo se permite
Vencer tantas batalhas e traduz
Além da imensidade feita em luz
Bem mais do que o caminho ora limite,
E assim a cada passo necessite
O tempo aonde o todo me conduz
E gere mesmo sendo em contraluz
O quanto no final desacredite,
Tramando outro momento a vida dita
A sorte que se vendo mais aflita
Expressa este vazio dentro da alma,
E o quanto se anuncia noutro passo,
Gestando algum tormento onde devasso
Nem mesmo a fantasia ora se acalma.
50
Gong Gong, o deus das águas que perdendo
Batalha contra o deus do fogo trama,
Além do que se vira em mera chama
Deixando no caminho este remendo,
E assim já sem controle se atirando
Contra o Monte Buzhou, do Céu pilar
E o quanto conseguir avariar
Gerando o que pudera desde quando
O mundo se trazendo noutra face,
Tramando em tal desnível a verdade,
E nisto se percebe a insanidade
E o tempo noutro rumo se tomando,
Assim o que já visse não se expressa
Enquanto a vida além segue sem pressa...
51
Chi You a divindade feita em guerra
Criando tantas armas de metal
Num ato tão atroz quanto mortal
A sorte a cada passo além encerra,
E tendo em Huangdi o adversário
Que tanto se mostrara em força e fúria
A verdade traduz a leda incúria
E mostra o dia a dia temerário,
Errático caminho se transforma
E gera noutro passo a discordância
A vida se tentara em discrepância
E neste caminhar, ausente norma
A morte dissemina e toma tudo,
Enquanto noutra face não me iludo.
52
Da Yu regendo os cursos deste rio
Controlando as enchentes e trazendo
Um dia mais tranquilo aonde o vendo
Expresso o que pudesse em desafio,
Durante a sua vida hoje eu desfio
O quanto se tentara num adendo,
Aos poucos solução em paz contendo
Marcando o dia a dia antes sombrio,
E assim quando morreu numa caçada
A sorte noutro passo anunciada
E dita além da Terra e mesmo o Céu,
Ergueram como marco neste instante
O templo mais sublime e doravante
Guardado num imenso mausoléu.
53
Kua Fu o gigantesco ser
Que perseguindo o sol nada pudera
E exposto à luta amarga dura e fera
Aos poucos se presume sem poder
E nada que tentara possa ter
Somente a sensação que destempera
E o mundo noutro rumo degenera,
E volta a cada dia o amanhecer,
Assim neste caminho sem proveito
O quanto deste infausto já deleito
Enquanto vejo além no céu,
Farol se desenhando em claridade,
E bebo desta imensa intensidade
Por sobre as brumas traça o imenso véu.
54
Cangjie deus sublime e sábio traça
Caracteres chineses que persistem
E quando seus olhares isso assistem
Marcando o que se tenta a cada praça
Dos olhos, que são quatro se vislumbra
Destas oito pupilas o sentido
E nele outro caminho presumido
Sabedoria tal que ora deslumbra
Já se faz tantos anos, oito mil
Desde que este instante o mundo viu
Trazendo a eternidade nas palavras
E deste caminhar se anunciando
O tempo noutro tempo se mudando
Moldando com beleza raras lavras.
55
Quando Yi se demonstrara um raro arqueiro
Ao derrubar deveras nove sóis
E neste desenhar outros faróis
Moldaram o cenário verdadeiro,
E sendo deste rumo o mensageiro
Enquanto na verdade o que constróis
Expressa outro caminho em girassóis
Ousando muito além de tal canteiro,
E assim diminuindo o duro estio
Que a força do calor gerara então,
Matando o quanto fora plantação,
Porém ao se entregar ao desafio,
O arqueiro aplaca a fúria e assim permite
Um dia mais sereno, em bom limite.
56
Chang'e a deusa lua em noite imensa
Casada com o arqueiro Yi majestosa
Traçando em noite clara maviosa
O quanto desta sorte nos compensa,
Vagando pelos céus em prata extensa
Gerando a cada passo a caprichosa
Beleza seduzindo em verso e prosa
Aquele que no amor deveras pensa,
A luta se moldando a cada fase
No variável tom de uma mulher
Que tanto se deseja e quando a quer
O passo noutro rumo se defase
Marcando em tom diverso o dia a dia
Apenas outra face se veria...
57
Qi Xi a lenda que trouxera a história
Deste pastor que um dia enamorado
No céu bem mais sublime enamorado
Gerando o quanto possa em merencória
Essência o que deveras dita a glória
E trama outro caminho adivinhado
E nisto se ditando o imenso brado,
Tentando conceber rara vitória,
Ao ver desnuda a fada Zhinu; veio
Ao encontro sem temor ou receio
E assim ao se entregar em raro amor,
Porém a deusa traça a láctea via
E deste desejar o afastaria,
Porém num anual caminho, redentor.
58
Han Ba se traduzindo num estio
A deusa que se mostra tão atroz
Secando uma esperança até a foz
Deixando sem provento qualquer rio
E disto se desenha o desvario
Negando o que pudesse noutra voz
E o medo se moldando dentro em nós
Trazendo o que tentara em ar sombrio,
Vagando sem sentido e sem destino,
Ao ver este cenário me alucino
E perco uma esperança que inda trago,
O tempo se anuncia em dor e medo
E quando alguma luz além concedo,
O mundo sem sentido, mero estrago.
59
Gao Yao representando enfim justiça
Trazendo em suas mãos pleno poder
E nisto o que pudesse parecer
Além do que deveras se cobiça
A vida se desenha movediça
E mostra a cada instante outro querer,
Mas quando se anuncia o que há de ver
A sorte se expressando além da liça
E o quanto poderia e nada tendo,
Somente da verdade este remendo,
Marcando com temor o que se vê
E quando na justiça a vida rege,
O que se fora atroz, temido herege
Perdendo num momento algum por que...
60
Fenghuang como fênix já renasce
Após a própria morte e traz assim
A infinda realidade de onde vim
E o tanto quanto creia em nova face,
A sorte em privilégio então se trace
Gerando o quanto quero e sei que em mim
Expressa o reviver deste jardim,
Deixando no passado algum impasse
Das cinzas do que fora, vejo além
A plena consciência do que vem
Regenerando a sorte de tal forma
Que nada se perdendo se transforma
E desce caminhar procuro bem
A vida desenhada em nobre norma.
61
Com um olho só asa solitária
Jian necessitando sempre ter
No par o complemento aonde ver
A sorte desenhada, mesmo vária
E quando se anuncia temerária
A luta prenuncia este poder
De uma união e nela o bem querer
Vencendo a sorte atroz, se solidária,
Representando assim cada casal,
Na mesma direção no dia a dia
E assim outro momento se veria
Num único caminho, o mesmo, igual
Trazendo a plenitude da união
Nos invencíveis dias que virão.
62
Jingwei tentando encher este oceano
Com seixos e gravetos, sem sucesso,
Uma ave que me verdade aqui confesso
Ter sido a filha atroz de um soberano
Morrendo jovem num afogamento
E renascendo em pássaro, mas tendo
Em tresloucado passo este remendo
Entregue ao mais diverso desalento,
Tentando por vingança encher o mar,
Com pedras e gravetos, na ilusão
De intento sem proveito e nisto em vão,
Caminho noutro passo a se tramar,
A vida se repete a cada engodo,
O mero não supera o imenso, o todo.
63
Jiu Tou Niao, o papão que assustador
Disseminando o medo entre os infantes
Nove cabeças; traz e por instantes
Gerando a cada passo este terror,
Seqüestrando meninas, num horror
Enquanto noutro rumo não garantes
Sequer o que deveras tanto espantes
Marcando com angústia e dissabor,
Assim quando raptando uma criança
Restando tão somente uma esperança
Da salvação que venha deste herói
E sublime caminho em redenção,
E o desalento enfim tudo destrói...
64
Voando em liberdade esta gigante
Ave que sem limites segue além
E quantas faces; mesmo sei que tem
E nisto outro cenário se adiante
E Peng em gigantesca imagem; vejo
Traçando neste céu outro caminho
Buscando o que pensara ser um ninho
Marcado pelos erros do desejo,
A sorte traz assim em dimensão
Momentos tão enormes, mas de fato
Aonde se pudesse e não constato
Somente dias turvos se verão,
Voando muito além, o pensamento
Que a cada novo engano mais fomento.
65
Zhu já traduzindo um mau presságio
Esta ave tão nefasta eu vejo agora
E nela toda a sorte desancora
A vida nos cobrando este naufrágio
Pudera e enfim teria outro cenário,
Mas sei do quanto a vida se faz vã
E nega uma esperança de manhã
Marcada num momento em paz tão vário
Vagando sem destino e sem temor
O quanto poderia em rara luz,
Mas quando nesta face reproduz
O tempo se traduz em tal horror,
E Zhu traduz enfim o meu destino,
E nele o quanto tramo em desatino.
66
Huanglong este dragão em majestade
Com tal sabedoria dominando
E tendo este cenário desde quando
A luta se mostrara em liberdade,
E nesta mais audaz imensidade
O mundo que pensara ser nefando
Agora noutra face se mostrando
Presume a mais completa claridade,
Traçando o dia a dia em tom sutil,
O quanto desejara e assim se viu
Servindo como alento ao caçador
Dos sonhos entre trevas, desafios
E bebo dos meus dias onde sombrios
Caminhos despetalam cada flor.
67
Yinglong um poderoso ser, dragão
Que trama em proteção um passo além
E quando em tempestade o mundo vem
Tramando o que pudera além do vão
Trazendo a cada instante a imensidão
Gerando o que deveras já convém
Ao esculpir a sorte diz de alguém
Marcando com caminho a dimensão,
Huangdi o dominava e o ser fiel
Expressa o quanto a vida dita em véu
Gestando o que viera em plenitude,
E neste dia a dia em harmonia
O mundo a cada instante se recria
E assim em todo passo se transmude.
68
Os reis dragões dominam direções
Dos ventos, oceanos passo além
E quando a solução deveras vem
Mostrando os quatro rumos, que ora expões
E neles as diversas dimensões
Do mundo quando o todo; traça o bem
E deixa no passado o que detém
Em ritos tão sublimes e emoções,
Morando nos palácios de cristal
No fundo deste mar regendo ali
A vida quando o tanto quis e vi
Num ato tantas vezes magistral,
Trazendo os quatro pontos cardeais
Em dias desenhados nos cristais...
69
Fucanglong habitando as profundezas
Da terra aonde guarda estes tesouros
E traça mais sutis ancoradouros
E nisto se imaginam tais riquezas,
Potenciando as sortes em correntezas
Diversas do que tento em nascedouros
Ou mesmo outros caminhos sorvedouros
Dos ermos que pudera com destrezas,
E quando sai da terra este dragão
Gerando uma erupção nalgum vulcão
Explode em mais completa tempestade
E o todo que se faz em lava e fogo
Tramando o desvario e já sem rogo
A vida neste ponto assim degrade.
70
Shenlong ao controlar chuvas e vento
Transforma em tempestas quando irado,
dragão que tendo em mãos o raro fado
E nisto se desenha outro momento,
Assim o que pudesse e agora tento
Vencendo o quanto quero e sei me evado
Vagando sem sentido em desejado
Caminho aonde em paz não mais freqüento,
E quando em tais catástrofes eu vejo
Este ar tão tenebroso quão sobejo
Na fúria que decerto já destrói
Não adianta ser querer herói
Que o tempo de tal forma se apresenta
Gerando na verdade esta tormenta.
71
Dilong sendo um terrestre ser; dragão
Que dominara a Terra em fogo e fúria,
Destarte desenhando além da espúria
Esplêndida e diversa dimensão,
Assim ao se mostrar enquanto em vão
A luta noutra face mesmo incúria
Maravilhosa trama; e sem lamúria
Os dias entre tantos se verão.
Ousando neste passo sempre além
Do quanto poderia ou já convém
Ditame sem igual, em tempestade,
Ao todo que tentara na verdade
O tempo se desenha e assim se deu
Traçando neste instante um apogeu.
72
Tianlong, os dragões celestiais
Levando as carruagens e guardando
Dos deuses os palácios, desde quando
Em ares tão sobejos divinais
Expressam o que possam ou bem mais,
No tanto quanto tento desenhando
O mundo noutra face mesmo em bando
E neles expressões diversas, tais.
O tempo se anuncia em plenitude
E o quanto a cada instante se transmude
Marcando dias sórdidos ou felizes,
E quando se anunciam na presença
Do todo que pudera e assim compensa
A vida em suas duras cicatrizes.
73
Ba She como serpente gigantesca
Alimentando-se até dos elefantes
E nisto tais cenários delirantes
Traduzem cada face mais dantesca
E nisto se apresenta em discordância
A luta pela vida tão somente,
E vejo o que pudera e mesmo tente
Vencer o quanto traça cada estância
A sorte se desenha desde quando
O mundo noutro passo se traria
Marcando com temor o dia a dia
E aos poucos no final já desabando,
O tempo sem sentido sem proveito
Expressa cada passo onde me aceito.
74
Qilin como se fosse um ser diverso
Um unicórnio em pele feita escama
Assim enquanto a vida traça e trama
O rumo noutro tom deste universo,
E quando na verdade além verso
A luta se desenha em rara chama
E o quanto deste ser trazendo aclama
O mundo para o qual em paz eu verso,
Benigna e caridosa criatura
Em telepática conversa traz
O quanto se desenha mais audaz
E nisto esta beleza se assegura
Num ato que em constância se faria
Moldando tão somente esta harmonia,
75
Kui como se fosse criatura
Diversa, um boi que numa pata só
Se apóia e gera o passo e vai sem dó
Tramando o que pudera em amargura
A monstruosa face se assegura
E deixa do passado o mero pó
E destruindo a vida imensa mó
Enquanto noutro passo se depura,
Desvio cada instante deste ser
O passo que pudesse perceber
E nisto outro momento enfim teria,
Mas quando se percebe este vazio
Apenas neste tom que desafio
A vida se transforma em agonia.
76
Jiang Shi, vampirescas criaturas,
Zumbis que vagam torpes pela vida
São almas noutra face construída
E nela o vazio que asseguras,
Sugar vital essência de quem veja
Marcando com a sorte mais atroz,
Gerando do passado os velhos pós
Enquanto uma expressão tão malfazeja,
Assim o quanto possa destruir
Sem nada que se veja além do caos,
Os olhos destes seres rudes, maus
Negando qualquer sorte num porvir,
Matando e assim sugando cada ser
Trazendo no terror, duro poder.
77
Luduan pressentindo uma verdade
A fera se anuncia a cada instante
E vejo num cenário degradante
O todo que deveras sempre evade
E nega o que pudera em liberdade
E nisto o quanto teima não garante
Marcando com temor já doravante
O todo que sem rumo turvo brade,
O quanto traduzisse enfim o oráculo
Gerando na verdade um espetáculo
Tentáculos cerzindo este futuro
E tomam nos seus dias tal poder
Que possam num momento ora antever
O todo quando o nada eu asseguro...
78
Yaoguai, os espíritos do mal
Demônios que torturam e dominam
Poderes que deveras determinam
Caminho em tempestade, ritual,
O tempo se anuncia e desigual
Cenário aonde o tanto que destinam
Traduzem o que possam, desatinam
Num ato mais atroz ledo e venal,
Ainda que se dite esta verdade
O tempo noutro rumo se degrade
E marque em tom cruel a vida após,
Diversas sensações em dor e medo
Aonde com horror eu me concedo
Sabendo a tão terrível turva foz...
79
Hulijing quais raposas penetrando
Cenários mais diversos, bons e maus
Trazendo uma ventura ou mesmo o caos
Momentos mais diversos, tom nefando
Ou noutro caminhar suave e brando
Vagando sem destinos noutros graus
Marcando com astúcias tais degraus
Ou tanto no final já desabando,
Assim se poderiam crer além
Do quase que decerto assim contém
O mundo sem tardança ou agonia,
E o tanto que se trace noutro rumo,
Bebendo com vigor inteiro o sumo,
E nele outro cenário se veria.
80
Quando surge este fera de abissais
Trazendo com terror em fúria e morte
Devora o que puder e não comporte
Senão momentos rudes e fatais,
São seres tão atrozes e venais
Tramando na mortalha o duro norte,
E nada mais pudera que a conforte
Somente duros botes, terminais.
Assim ao criar pânico na terra
O quanto se aproxima e se descerra
Marcando com total voracidade,
A luta se anuncia e se percebe
O medo desenhado nesta sebe
E a sorte sem sentido algum se evade...
81
Cabeça de Boi; Cara de Cavalo
Do Inferno os mensageiros, quando a vida
Perdendo a direção enfim se acida
E o tempo sem sentido agora calo,
A sorte dita o rumo do vassalo
E vejo quanta vez já desprovida
De uma esperança tramo em despedida
O todo que pudesse e nada falo,
Assim ao mergulhar no mais profundo
Dos rumos sem caminho e sem certeza
Bebendo o que pudera na incerteza
E em sonhos mais vazios eu me inundo,
As tramas mais terríveis vejo quando
O mundo neste vago, desabando.
82
Pixiu atraindo a boa sorte
Descende dos dragões e tem a fome
Inconseqüente e louca quando some
Em ouro e pura prata, o que conforte,
E vendo este caminho onde comporte
O tempo que deveras nada dome,
E nisto se traduz o que se tome,
E trame o que tentara em novo norte,
Quando se vendo este momento
Aonde o meu alívio ora fomento
Bebendo cada gole da esperança
A sorte se desenha e vejo o quanto
O mundo se anuncia em raro encanto
Enquanto o meu cenário além avança.
83
Os Rui Shi protegendo alguns lugares:
As tumbas, os palácios belos templos
Leões que na verdade são exemplos
Da lealdade quando assim notares,
Apresentam-se em casais, e o macho traz
Por sob a sua pata um globo imenso,
E quando neste tanto agora eu penso
Imaginando o amor real a audaz
Trazendo esta visão que nos preserva
Das dores e temores onde a queda
Aos poucos cada passo sempre veda,
Da sorte que deveras já reserva
Momentos tão diversos, dor e gozo,
Caminho que se faz mais caprichoso.
84
Tao Tie qual fosse a gárgula traduz
Ganância simplesmente e nada mais,
Assim neste momento em temporais
A vida não permite qualquer luz
E trago em minha sorte a imensa cruz
E nela outros tormentos desiguais,
Gerando dos meus erros vendavais
A sorte se minando em medo e pus,
Desenho algum futuro? Nada sei,
Somente o que decerto eu desejei
E o tempo sonegara noutro instante,
A senda mais atroz se permitindo
Aonde imaginara quase infindo
Apenas o vazio se garante...
85
Espírito maligno dominando
A face mais cruel do quanto possa
E traz além da queda a própria fossa
E nisto não presume como ou quando,
Dos montes, cordilheiras navegando
Até que no final de tudo apossa
E assim este cenário agora endossa
O quanto se moldara mais infando,
Assisto à derrocada e vejo o caos
O Xiao já se apresenta de tal forma
E sempre quando ataca a alma deforma
Marcando com terror o dia a dia
E nada mais pudera ou já teria,
Senão estes momentos rudes, maus.
86
Xing Tian um gigante sem cabeça,
Trazendo a sua face em suas costas
Vagando sem sentido nas encostas
E quando se pressente ora enlouqueça
E todo este cenário a vida teça
E mesmo quando sei que te desgostas
Nas danças mais terríveis vãs apostas,
A sorte na verdade dele esqueça,
Na luta contra o bravo Imperador,
Decapitado fora e de tal sorte,
Perambulando assim, pior que a morte
Castigo sem igual em dor terrível,
O quanto poderia e já não traz
Somente este caminho que ora faz,
Sem ter qualquer descanso e imperecível.
87
Xuanpu a encantada terra cerra
Diversa maravilha em amplitude
E quando tantas vezes nos ilude
Acima do que possa em alta serra,
A vida de tal forma ali encerra
Beleza com diversa magnitude
E trama o que pudera a juventude
Enquanto outro caminho se descerra,
Vagando pela sorte tento vê-la
Quem sabe noutro espaço, alguma estrela,
Kunlun montanha mágica me guia
E sinto mais distante desta senda
Que o tempo sem ter tempo não desvenda
E nela toda a sorte eu mais queria...
88
Penglai, o paraíso aonde espero
Eu tenha meu descanso finalmente
E sei do quanto possa enquanto tente
Vencer este temor audaz e fero,
Destarte na verdade o todo eu quero
Reinando sobre a sorte plenamente,
O mundo se desenha em minha mente
Tentando este cenário mais sincero,
E vejo ser possível este passo
E quando noutro rumo me desfaço
Procuro a remissão em nova fase,
E mesmo que talvez a vida trame
Destino num diverso e vão ditame
Meu sonho neste encanto ora se embase.
89
Di Yu este infernal caminho aonde
O tempo sem sentido não se dá
E o quanto se anuncia desde já
Ao nada na verdade corresponde
A morte se presume e se responde
Tentando outro caminho, mas só há
Este cenário amargo e moldará
Além desta esperança que se esconde,
Mergulho no vazio e nada vejo,
Deixando o dia a dia malfazejo
Tropeço nesta insânia e nada vem
Somente esta mortalha em rude cena
Enquanto a vida amarga me condena,
Uma esperança foge com desdém...
90
Fusang; esta ilha mágica traduz
O quanto poderia ser diverso
Gerando a cada instante aonde eu verso
A imensa e generosa bela luz,
Quem sabe no Japão? Ou mesmo além
A vida trama a sorte que se quer,
E vendo outro caminho se vier
O todo que deveras segue e vem
Trazendo num sonhar o que se tenta
Vencendo algum temor em leda sorte,
O tanto que se possa e nos conforte
Ousando muito além desta tormenta,
E nisto o tempo dita alguma paz,
Que mesmo sendo frágil; satisfaz.
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