terça-feira, 27 de setembro de 2011

MEU OUTONO

Nessas folhas caídas , meu outono,
Da vida vai distante a primavera.
Quisera não viver esse abandono,
Nem conhecer ardor dessa quimera...

Vem vindo devagar; quando ressono,
Inverno terminal. Ai quem me dera;
Meu Pai me concedesse; como abono,
Pudesse ressurgir, qual fora fera,

Nos tempos tão felizes que se foram...
Menino, procurando meu futuro,
Não sabendo, entretanto quanto é duro.

Perder os amores que ficaram,
As esperanças todas, se acabaram.
Já fui, agora espreito sobr’o muro...

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