segunda-feira, 26 de setembro de 2011

26/09/2011





Cevando todo o amargo que me espera
Nas sendas mais atrozes, doloridas
Palavras que buscassem as saídas
E nisto não se vendo além da fera

Ainda quando fosse mais sincera
E sei que na verdade não duvidas
Nem mesmo das palavras assumidas
Na fúria que decerto destempera.

Vacante coração já não encanta
E toda a solidão tentasse a tanta
Vereda sem sentido ou sem proveito.

Aonde com certeza nada resta
A luta se aproxima em rude festa
E neste emaranhado ora me deito.

2

Felicidade imensa, amor procura
E sabe muito bem que não terá
A sorte renegando algum maná
A luta se desenha em desventura.

O quanto se porfia sem ternura
E vendo o meu caminho desde já
Ousando acreditar no que virá
Ou mesmo renegando esta brandura.

A farsa se aproxima de outro enredo
E sei do quanto possa e assim procedo
Lutando bravamente sem saber

Do quanto a própria vida já renego
Sabendo na verdade do nó cego
Aonde amarrara algum prazer.

3


Nas ondas em volúpia desenhadas,
Tentando desvendar cada mistério
Do amor que se propaga sem critério
E segue sem proveito tais estradas,

As sortes são diversas quando bradas
Bastando a frialdade do minério
Derruba a cada engano o velho império
E nisto as promessas destroçadas.

Restando muito pouco do que outrora
Porfia uma esperança e me apavora
Gerando no vazio o sentimento

Que tanto poderia ser diverso
E neste caminhar, pudera e verso
Estando com certeza mais atento.

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