Espelhos refletindo olhares tantos
Eu me perco em mim mesmo e nada sou.
O corpo abandonando em blues e soul
Esfacelando as rezas feitas cantos.
Vomito sobre os líricos encantos
De quem se fez estúpido e cruzou
Cobrindo em naus insanas, cegos mantos
Bebendo do que pensa e não restou.
Aborto do que fui e não sonhara
Carcaças entre luvas de pelica
O nada que em verdade tipifica
A merda em que meu passo contestara
Expõe em mil olhares meus espelhos,
Enrugadas manhãs de versos velhos...
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