Nos ermos mais distantes das montanhas
As nuvens vão passando devagar,
Mirando nos olhares dos meganhas
Roçando cada goela a se cortar
Estradas se confluem, são estranhas
Do nada ao mesmo nada irão voltar
Deixando as cicatrizes nas entranhas
Do quanto que inda resta por cortar.
Não vejo solução, tampouco espero,
Apenas da montanha nada vejo
Somente a turba em manso desespero
Num caminhar estúpido e constante.
Da montanha avistei cada desejo
Repetido, vazio, entediante...
Nenhum comentário:
Postar um comentário