FELINA DUETO EDIR PINA DE BARROS e marcos loures
Se eu sou voraz pantera, tão felina,
Senhora desse encanto e tanta graça,
Que o corpo teu inteiro assim enlaça,
Que tanto te seduz e te alucina...
Se eu tenho o faro bom e a garra fina,
Tu és a minha tenra e dócil caça,
Que a mim s’entrega inteira, beija e abraça,
Por sobre a fina relva da campina.
Se assim me farto porque a ti devoro,
E uivo qual pantera em pleno cio,
Voraz felina que depois descansa...
Se solto esse meu uivo tão sonoro,
Que ecoa dentro em ti horas a fio,
Por certo me tornaste a caça mansa.
Edir Pina de Barros
Felina delicada e tão ferina,
Os olhos doces, presas afiadas,
As noites com certeza iluminadas
Na louca sensação, tanto alucina;
Vagando pelas tantas madrugadas
Imerso no que tange e me destina,
Os corpos misturados, mesma sina,
Intermináveis jogos e caçadas.
A presa é caçadora e em suas garras.
Encontro a liberdade nas amarras
E tenho muito além do que se espera,
Hipnotizado sigo cada passo,
E quando sou caçado também caço
Ousando apascentar a bela fera.
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