terça-feira, 15 de novembro de 2011

A MÃO DA SOLIDÃO

A mão da solidão, mais fria e fina
Roçando meus lençóis, dentro de mim
Com toda a maciez, qual de cetim,
Prenuncia em sorrisos a ruína

Dos templos da esperança. A dura sina
De quem um dia teve em seu jardim
O perfumado sonho de jasmim,
E agora erva daninha já domina...

Nascendo em meu canteiro tais abrolhos
Deixando mais depressa cegos olhos
Heranças que ficaram por farol.

Negando qualquer sombra de beleza,
A vida vai seguindo a correnteza,
Quem dera renascesse em mim, o sol!

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