Eu ando procurando meus disfarces,
Em meio a tantas vidas que passei.
Milhares, diferentes, tantas faces.
Fugindo, procurado, sem ter lei.
Não pude nem queria que me amasses,
Somente teu sofrer; amor, busquei
Seria tua herança, meus enlaces,
Sofrimento, matéria em que sou rei!
Nos túmulos cativos que carrego,
Correntes me ataram pela mão.
Em meio a tanta luz, seguindo cego,
Nos fúnebres delírios do perdão,
Não posso nem desejo, tudo nego,
Seria tão somente uma ilusão.
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