quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MINHA AMIGA

MINHA AMIGA

Bem conheço teus passos cara amiga,
Vivendo destes restos que morri.
A noite te transforma e me periga
Nas garras destes sonhos que sofri.

Lembro-me quando vinhas pelas ruas
Demonstrando-me garras e rugidos.
Nossas almas estavam quase nuas,
Os corações, sozinhos, distraídos...

Alimentados sempre pela dor,
Jogados quase a esmo pela vida.
Fizemos nosso trato em puro amor,

Tu eras minha fera tão querida...
Porém veio esse vento que em frangalhos,
Deixou o nosso amor, sem agasalhos...

MARCOS VM LOURES

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