domingo, 13 de novembro de 2011

OS PANOS

A morte não escolhe quais os panos
Que cobrem o cadáver, com certeza.
O luto que promete desenganos
Tecendo com justiça a natureza.

Distante do que foram outros planos,
Igualitária morte em sutileza
Ao corrigir da vida seus enganos
Ao pó nos tornará, sem dar defesa.

Quando a vida é feita em alegria
Permite num sorriso, a redenção
Alçando na amizade e no perdão

A plena sensação que assim viria
Arrancando dos pés qualquer grilhão,
Trazendo enfim a tal libertação!

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