OSTRA
Na briga da parede com o mar
Não quero ser uma ostra na parede...
Só tenho mais pancadas pra tomar,
Morrendo no final, de frio e sede...
Maré quando subia me avisava
Cai fora qu’uma noite não é nada,
Teimoso, bicho burro, que ficava,
Se não morrer agora, madrugada.
Não quero mais ficar exposto tanto
E tomo meu partido, tô partindo...
Mas, pena que te amei, prá teu espanto...
Uma onda arrebentando vem surgindo...
Depois de tanto tempo sem amor,
Destino inda me faz esse favor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário