domingo, 13 de novembro de 2011

SONHO

Quem dera timoneiro deste sonho,
Vestido de ilusão, sangue e mentiras.
O rosto que se espelha é tão medonho
No tanto que disparas, corta em tiras.

Meu verso, tantas vezes enfadonho
Demônios que carrego, velhas piras,
Imagem refletida – um ser bisonho
Que ri enquanto, irônica me atiras.

Virás sempre comigo, punhal e lança,
Constelação de farpas em banquete.
Na chaga por herança, se repete

Os erros cometidos. Vã criança
Vencida por fantasmas, lendas velhas
Que a cada gargalhada mais espelhas...

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