TRAZES NAS MÃOS A PRIMAVERA
Se trazes nestas mãos a primavera
Que tanto desejei mas nunca veio...
Do canto e do bafio desta fera
A mansidão suave, o belo seio...
O gosto do veneno tão sublime
O ranço da esperança não cumprida
Vontade de que sempre enfim ultime
Tramando tanta dor em despedida...
A morte como mote predileto
Amor que talha sempre na mortalha
De rumos e desejo o mais dileto,
Viver eternamente na batalha...
Mas, doce como o fel, amarga e tonta...
No amor que procurei, a vida apronta..
MARCOS VM LOURES
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