domingo, 22 de janeiro de 2012

Não sei sequer seu nome

Não sei sequer seu nome


Não sei sequer seu nome e não me importa
Só sei que nos seus braços sou feliz,
A santa que deseja, a meretriz
Que em tensa insanidade já se aporta,

Abrindo num momento a minha porta,
Não fala quase nada e tudo diz,
Refaz a mesma senda e pede bis,
Ciúmes, noutro gozo, o amor aborta

E deixa-me depois de saciada,
Vagando por sei lá que rumo e estrada,
Voltando tão somente quando quer,

Não me chama de amor nem de rainha,
Decifra esta vontade que eu continha
Apenas me chamando de mulher.

VALMAR LOUMANN

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