UMA ALMA SOLENE
Escuto a voz de quem tanto queria
E um dia se fez vago e não voltou,
O mundo neste vão já naufragou
E a noite outrora em paz, agora é fria,
Uma alma tão solene se esvazia
E a sorte contra mim se revoltou,
Nos braços de quem tanto mergulhou
Apenas ansiedade vã, sombria.
E quando te percebo enamorado,
Olhando para as cinzas do passado
Não tenho qualquer chance, morro só,
E volto novamente à solidão
Por onde novos dias me trarão
Os sonhos sem porvir no imenso nó.
VALMAR LOUMANN
Nenhum comentário:
Postar um comentário