A VOZ DO VENTO
Ansiosamente escuto a voz do vento
Batendo na janela a me chamar,
É como se eu pudesse desvendar
Neste ar que se aproxima algum alento
Depois de tanta dor e sofrimento
Momento de alegria a se mostrar
Expondo na varanda este luar
Enquanto dele bebo, me apascento.
Amar sem ser amada é como ter
A vida sempre atada ao desprazer
Matando em nascedouro uma esperança,
E quando se imagina noite mansa,
A tempestade então eu passo a ver,
Legando à voz suave a vã lembrança
VALMAR LOUMANN
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