Amor é como nódoa que não sai
Por mais que a gente tenta, nos entranha,
Se eu bobear, fincou pé, nunca vai
Embora e deixa a vida entregue à sanha
Que assanha enquanto o nervo se contrai,
Cupim que ao derrubar uma montanha,
Se a gente num momento se distrai
A queda que se faz fica tamanha
Assim nada sustenta, e ruí depressa,
Azeda o dia a dia, traz jiló,
Depois não adianta nem compressa
A chaga se aprofunda numa escara,
Amor é sem limite e não tem dó,
Escarra enquanto lambe a minha cara...
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