Três quatro cinco seis sete oito nove,
Foi este o telefone que me deste,
Palavra mais sentida não comove,
No fundo não desejo amarga peste.
Até que a noite venha e me comprove
O quanto nada tive, tira a veste
Vontade de te ter, querida chove
Tua nudez faminta me reveste.
Um dois três quatro cinco seis sete oito,
Não quero na verdade ser afoito,
Mas um carinho eu sei que é bom demais
O telefone chama e ninguém vem,
Preciso urgentemente ter alguém,
Mas juro eu não te ligo nunca mais!
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