A decadência bate em minha porta...
Não me restando luzes, ando cego.
Minha esperança luta, mas vai morta.
As dores do passado inda carrego.
Os tempos já são outros... Quem se importa?
As mãos tão calejadas. eu me entrego.
O resto que desaba, sangra, corta...
As lutas que perdi, embalde, nego!
A decadência serve-se do resto,
Não tenho a lucidez para enfrentar
A morte. Companheira a quem empresto
O que sobrou dos raios do luar!
A mão vai descrevendo em simples gesto
a sombra do que fora tanto amar...
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