Há tempos que eu desejo, um dia estar contigo
E ter a companhia amável deste vento.
A permissão que traz este sentido ambíguo
Dizendo sim e não, aumenta o meu tormento.
Não sei se posso ver em ti um grande amigo,
Às vezes vem depressa em outras vem tão lento.
O tempo não retenho, e nem mesmo persigo-o
Nos rastros desta luz, imerso o pensamento.
Nas mãos que trazem flor; pedras e espinhos,
Vertiginoso salto invade um precipício
Avinagrando sempre os delicados vinhos.
Porém se necessário, um novo e claro ofício
Pairando em mansidão, sorriso satisfeito,
Nos braços da amizade, emerges em meu leito.
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