Eu espero os delírios tresloucados
Dos noturnos flagelos. Noite escorre
Pelos dedos... Ouvindo os gritos dados,
O medo tão somente me percorre.
Penso nos meus tormentos desgraçados!
Esperança insensata, porque morre?
Uns restos de tentáculos alados,
Meus pesadelos, nada me socorre!
Rebeliões gigantes, amazônicas...
Centelhas deflagradas dos meus sonhos
Fulguram paralíticas, atônicas...
Nesses redemoinhos mais medonhos,
Os meus delírios, chagas, mais risonhos,
Amor em explosão, bombas atômicas!
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