Etéreo Delirar
Vagando pelas tramas do que há tanto
Marcasse o quanto amargue em solidão
Nos ermos do caminho feito em vão
Presumo o meu final em desencanto,
Restando quase mesmo o velho canto
Que tento disfarçar, dias virão
Invernando este cenário de um verão
Marcado pela dor, rude quebranto.
Negar minhas vontades, ser bem menos,
Envolto por anseios toscos, plenos,
Serenas ilusões? Nada me basta.
Dos préstimos da sorte já perdida,
À morte em labirinto sem saída
O etéreo delirar tanto desgasta...
Marcos Loures
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