LUTOS
Nas vestes que revestem a alma em lutos,
Os velhos carcomidos sonhos mortos,
Os dias sem carinho matam portos,
E se repetem sempre amargos, brutos,
Envoltos pelas névoas do que há dias
Moldassem meros tons em grises luzes,
Deixando em minhas costas suas cruzes
Nas lutas mais terríveis e sombrias,
Acalentando apenas desenganos
Ousando acreditar no que não venha,
A farsa se mostrara mais ferrenha,
Matando desde sempre velhos planos.
E o corpo carcomido traz apenas
O quanto sem sentido me envenenas...
Marcos Loures
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