O NÃO SER
Não mais que alguma luz inda tentasse
Depositando o olhar neste horizonte
Enquanto a própria vida desaponte
A morte surge em rude desenlace,
Vencido pelo quanto se mostrasse
Desnuda sensação da ausente fonte,
Quebrando num instante qualquer ponte
Envolto numa turva e amarga face.
Pressinto apenas erros, nada além,
O mundo na verdade não convém
A quem procura ao menos ter a paz,
O peso da existência eu não suporto,
E a cada novo sonho que eu aborto,
Apenas o não ser sempre compraz...
Marcos Loures
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