PUXE A DESCARGA.
Peçonhas e melindres? Verso e vaso,
Não falo da florada nem do sonho
Em sanitário ocaso agora ponho
Levado ao que se faça em pleno ocaso.
Não deixo para trás sequer o acaso,
E sei do versejar mais enfadonho
E quando em qualquer tom, em vão componho,
Sem ter sequer noção sempre me atraso.
Depois de certo tempo nada havia
Do quanto se tentara em poesia
Somente emaranhados sem sentido,
O bom é que inda resta uma descarga,
E quando a sensação do além me embarga,
Eu tenho o meu papel, sou prevenido.
Marcos Loures
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