CRUÉIS AVISOS
Vetustos caminheiros fragilmente
Estendem seus cadáveres em sonho
E quando num conjunto decomponho
A sorte se tornando mais ausente
Em cândidos momentos que se tente
Viver além de um ar tosco e bisonho,
Reconstituo a senda e assim me oponho
Ao que seria inútil penitente.
Azedam-se as vontades e esperanças
Articulando em vão as fortalezas,
E quando em voz sonante tais defesas
Ainda que tão frágil vês e alcanças
Gerando pandemônios entre risos
Legando ao nada ser, cruéis avisos...
RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES
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