ROUBANDO O BRILHO DA VIDA
Roubando o próprio brilho desta vida
A sorte se desdenha a cada passo
E quando um novo tempo, inútil, traço
Percebo quão foi fútil a investida.
Espreito desde já minha partida
E marco com terror este compasso,
Se tudo o que fizera enfim desfaço
O medo conflitando com a lida.
Esgarçam-me os temores tão venais
E sei que minha voz traz o jamais
E nele o peso enorme que carrego.
Aonde prosseguir se nada vejo
O sol somente um frio e vão lampejo
Prossigo desta forma, tolo e cego...
RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS
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