ÊXTASE
Num êxtase sem luxo e sem estase
Uma explosão sidérea em luz profana
Da qual eclode sonho e voz se emana
Fogoso gozo aonde o gosto apraze
Equânime loucura, escusa base
Avinagrada sorte desengana
Sagrada madrugada ora se empana
E os pântanos diversos versam fase
Acídula vergasta em gesto bruto
Um títere que, lúgubre, reluto
Astuto vendaval verte delírios
E deles círios negam azinhavres
Por mais que na verdade desagraves
Agravam-se deveras meus martírios...
RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS VALERIO MANNARINO LOURES
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