UM PORTO ALÉM
Qual fora em tempestade um porto além
Do que pensara outrora ancoradouro,
Nas ânsias mais vulgares, nascedouro
Do pântano que uma alma vil contém.
E sendo que deveras sou ninguém
E disto faço a glória de um tesouro,
O sonho que pensara imorredouro
Desnudo se transforma e nada vem.
Adentro a fantasia, vil senzala
E a voz que se inebria já se cala
E escalando paredes a alpinista
Vontade transcorrendo em vagas ondas
E mesmo quando fútil me respondas
Nenhum sinal de paz aqui se avista...
MARCOS LOURES E RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS
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