sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FALSA ESPERA


FALSA ESPERA


Se eu broquei cada farsa em falsa espera
Fenestrando deveras teus engodos
E neles transpassando vários lodos
Com os quais a vida degenera

E beijo a boca espúria desta fera
Prazeres enfronhados; quero todos
Nublando brandos bandos, antros godos,
Apenas pênsil pêndulo me espera

E contumazes erros cometidos
Gerados pela insânia das libidos
O olvido não repõe partos erráticos

Nem sátiros caminhos percorridos
Serão de qualquer forma, pois, ungidos
Tampouco os meus enganos sistemáticos...


RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS VALERIO MANNARINO LOURES

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