SORRINDO
A pútrida faceta em
festival
Mostrando cada
chaga que alimento,
Vivendo sem sentir
qualquer unguento
Que possa traduzir
da terra, o sal,
E bebo da alegria
sem igual,
A morte que me
envolve num momento,
Trazendo com
ternura e sem tormento,
O derradeiro
instante, magistral.
A redenção em
dívidas já pagas
Explicitando em
cortes, doces chagas,
Nos sete palmos
todo resumindo,
E sigo após atroz
batalha,
Enquanto este troféu,
o chão retalha,
E entrego-me ao
banquete em paz, sorrindo...
MARCOS LOURES
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