UM MANSO AFAGO
O corte mais
profundo, o da esperança,
Moldando em brumas
tantas, o que trago,
Contabiliza ao fim
qualquer estrago
Enquanto uma
mortalha, a dor já trança,
Mergulhos no vazio,
a morte alcança,
Fazendo sutilmente
um manso afago,
Na pacificadora
encontro o mago
Momento onde o
final além, avança.
Restituindo ao
barro o que roubei,
Penetro com ternura
a rude grei,
A mãe que me
sustenta e me pariu,
O vértice dos
sonhos se instalando,
E o mundo noutro
tanto se faz brando,
E o solo que
adentrasse o mais gentil.
MARCOS LOURES
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