Fazendo do passado meu presente,
O amor quanto mais queira em nada possa,
O dia se fazendo noutra fossa,
Enquanto nova face se apresente,
Respiro e não consigo, nem pressente,
Prenúncios, nesta sorte, traz a troça,
E todo o meu cenários ora destroça,
Ainda os meus delírios, tudo sente.
Represando os açudes, tempestade,
Partícipe da festa mais atroz,
Eu já não mais ouvisse a própria voz,
Bebendo do meu ser, felicidade,
Vestígios que não creia conhecer,
E a lama concebida, sem viver...
MARCOS LOURES
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