Escarnecido, eu sigo pelas ruas,
Jogado pelas pedras, perco o rumo,
E todo o meu desejo ora presumo,
As faces entre enganos; são nuas,
Percebo o quanto ser e continuas,
Meus erros na verdade sei assumo,
A vida noutro engodo o meu resumo,
E quando acreditastes recuas,
Um cão sem ter descanso, segue ao chão,
Deforme em cada queda a solidão,
Vestindo de terrores todo o medo,
Mordazes vozes dizem esperança,
Enquanto sem ter nada, avança,
Deixando o que restara, um mundo ledo...
MARCOS LOURES
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