Os dias mais atrozes chegarão,
A fome se espalhando em plena festa,
A cada bala mata e nada resta,
Eternamente inverno e faz verão.
Mil vezes os horrores no plantão,
Um tiro, noutro tiro, agora atesta,
A morte penetrando, gesta,
E o morto necessita ter perdão?
São olhos de quem tanto procurasse,
A faca não teria outra certeza,
O prato sem comida, em nada à mesa,
As fontes; já secaram, nada vejo,
Ainda que pudesse ser desejo,
Viver, matar? Enfim qual seja impasse...
MARCOS LOURES.
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